Segundo histórias das famílias mais antigas, existem tesouros enterrados por garimpeiros em alguns locais que nós não sabemos localizar. Dizem que haviam fenômenos de clarão, um arrepio no corpo, que os espíritos mandavam avisos, vozes, etc. E também quantas histórias verídicas existem em Rochedo.
Para fazer uso do garimpo, eles cavavam a terra, que chegava até 10 metros de profundidade, levava essas terras da beira do rio, estas terras eram lavadas no rio com bateias (5 peneiras grandes, médias e pequenas). Muitas vezes trabalhavam meses e meses para encontrar uma pedra preciosa e às vezes em uma lavada só encontrava-se pedra do tamanho que pesava kilates, que era muito valoroso. Quando acontecia, os diamantes eram guardados no picuá, eles gritavam: “gente eu bamburrei !!!!” , isto é, que encontrou um enorme diamante. Outras vezes garimpavam dentro da água.
Naquela época não existia farmácia, então, alguns garimpeiros sábios faziam remédios caseiros. Até hoje ainda vive alguns garimpeiros como o Srº Vanderlino, Srº Novinho, Srº Murilo que lembram do passado e contam histórias.
Voltando para trás, os garimpeiros saiam muito cedo de casa, levando matulas, farofa de carne seca e rapadura, e as águas para beber eram carregadas em purungas; levavam um pedaço de fumo para naquear e cuspir, e ainda faziam um cigarro de palha de milho, acendia e soltava aquela fumaça como se fosse trem de Maria fumaça. E também as casas dos garimpeiros eram feitas de pau-a-pique e os colchões eram de palha ou de sapé. Portanto, quem tinha dinheiro guardava embaixo do colchão dentro do bornal.
Naquela época já existia muitos insetos, aí eles buscavam estrumes seco de gado na fazenda do Srº Enéias Belo, e queimava para espantá-los.
Os calçados eram feitos de couro de boi, as cobertas eram feitas de pêlo de carneiro.
Eles eram muito unidos, às vezes fazia uma roda de amigos e faziam uma fogueira no meio e ali cantavam, tocavam violão e sanfona, contavam muitas anedotas, uns casos verídicos e outros não, e sempre falavam das “quengas”, que sempre existiu.
Antigamente o campo de futebol - cercado de arame farpado e muito capim - era na atual praça, e já naquela época existia o pé de ingá, tinha uma capela onde se realizava batizados e casamentos.
Eis algumas pessoas que vivenciaram alguns desses momentos passados: Srº Vanderlino Moura, tem a sabedoria da cura por meio das ervas medicinais; D. Maria Ramos, professora aposentada; Helena T. Gomes, funcionária aposentada da Exatoria; D. Maria José, popularmente conhecida como “Maria Sem Troco”; D. Julia Lelis, mulher do ex-prefeito Antenor; D. Valci Souza Marques, foi professora e diretora de escola; D. Noemia Almeida , mulher do ex-prefeito Heleodoro Almeida.
No decorrer do tempo a evolução da cidade foi grande, hoje há várias igrejas evangélicas, uma católica; 22 sobradinhos, Detran, Iagro, Exatoria (Agenfa), posto de saúde, clínica, escola estadual e municipal, ginásio de esportes, prefeitura nova, câmara municipal, cartório, asilo para os idosos, ciber, escritório de contabilidade, vários açougues, hotéis, mercados, farmácia, casa veterinária, oficina mecânica, sorveterias, vidraçaria, ótica, piscinas, clínica dentária, Cooperativa SICREDI, Bradesco, Correios, frigorífico que emprega muitas pessoas; na zona rural: granjas, ordenha de leite, fábricas de doce, mussarela, produtos artesanal, areieiros, etc.
E hoje de Rochedo a Campo Grande gastamos em torno de 50 minutos nos veículos, ônibus e vans.
E até para fazer faculdade ficou muito mais fácil, pois, o ônibus da prefeitura leva os acadêmicos até Campo Grande.
Com a tecnologia o meio de comunicação se ampliou, hoje temos internet, celular, telefone fixo, etc.
Nossa cidade a cada dia se amplia e evolui seguindo os passos da modernidade.
Carinhosamente,
Hiromi Sei Odacura
Rochedo/MS 27/05/2011
RESPONSÁVEL PELA ENTREVISTA: Dudu e Vagner
Nenhum comentário:
Postar um comentário